Resenha: Cidades de Papel


Você conhece John Green, autor de A culpa é das Estrelas? Pois digo a você que estou encantada com ele e sua maravilhosa forma de escrever. Li A culpa é das Estrelas e fiquei fascinada. Então resolvi ler Cidades de Papel e minha admiração por Green só aumentou.
O livro conta a história do amor platônico de Quentin Jacobsen por Margo Roth Spiegelman, ambos de dezoito anos prestes a se formarem no último ano da escola. Q mora em Orlando, na Flórida, não é nada popular na escola e seus melhores (e únicos) amigos são Ben Starling e Marcus "Radar" Lincoln. Apesar de tudo, Q acredita que o seu milagre é ser vizinho da maravilhosa Margo Roth Spiegelman. A história dos dois tem início há muitos anos: eles são vizinhos desde os dois anos de idade e costumavam brincar juntos. Certo dia, andando de bicicleta, Q e Margo se deparam com um cara morto encostado em uma árvore em Jefferson Park. Q fica sem saber o que fazer, pois tinha apenas nove anos de idade, mas a maravilhosa Margo Roth Spiegelman começa a encontrar pistas e descobre tudo sobre o cara morto de Jefferson Park. De súbito, Margo aparece na janela do quarto de Q e conta todo o mistério desvendado. Essa foi a última vez que os dois se falaram. Até o dia de hoje.
Nove anos se passaram. Hoje Margo Roth Spiegelman é a garota mais popular da escola. Quentin Jacobsen é apenas Quentin Jacobsen. A vida de Q continuava normal como quase todos os seus dias, até o dia em que Margo Roth Spiegelman entra outra vez em sua janela, o fazendo um convite irrecusável para uma espécie de vingança, com onze itens que ela precisava cumprir até o dia amanhecer. As esperanças de Q se renovam e ele imagina que sua vida irá mudar depois desse dia. Porém, depois dessa noite é que o verdadeiro mistério começa. Margo simplesmente desaparece sem avisar ninguém. Agora, Q encara uma busca pelo amor de sua vida, a busca pela maravilhosa Margo Roth Spiegelman e a cada pista encontrada, mais a imagem da verdadeira Margo se distancia da imagem que Q criou dela.
A história de Green, além de nos prender do início até o fim, não é apenas uma história. Em meio a palavrões, suspenses e risadas, Green nos ensina uma lição de vida com a filosofia de Margo e Q. Muitas vezes não são apenas as cidades que são de papel, mas também as pessoas são de papel. Nada mais é tão fascinante do que ser você mesmo. Histórias grandiosas, fugas perfeitas, estética e popularidade, tudo isso pode ser legal, até o ponto em que você percebe a superficialidade de tudo e entende que precisa se encontrar e apenas ser você.
Eu adorei o livro e indico a todos que precisam encontrar o fio da meada da vida. As cidades, pessoas ou seja lá o que for de papel, apenas desaparecem com o tempo e percebemos que não era tudo o que imaginávamos. Talvez, quem sabe, nós nos descobrimos como pessoas de papel, com planos de papel e uma vida de papel. E quando fizermos isso, deixaremos a fragilidade do papel ir embora para construir nossa vida de concreto, sendo uma pessoa, apenas. Sendo nós mesmos.
Boa leitura!

2 comentários:

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