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O caminho que trilhamos


Hoje bateu uma saudade imensa de tudo. Por estar longe das pessoas que mais amo, às vezes me pego imersa em um lago de minhas próprias lágrimas. É o momento que a saudade é tão grande que acaba transbordado por nossos olhos.
Morar sozinha, ao contrário do que pensamos quando estamos com nossos pais, é um enorme desafio. Nada de festas como nos filmes americanos, de tudo bagunçado ou qualquer estereótipo que Hollywood nos passa sobre a vida de estar só. É claro que tem seu lado bom, ter o nosso próprio canto nos faz ter responsabilidade e sermos mais maduros. E o que aprendemos quando estamos longe: não há nada melhor do que estar perto de quem se ama. 
Embora alguns poréns, não me arrependo de nenhuma escolha que fiz, pelo contrário, me sinto satisfeita e feliz no caminho que estou. Tudo isso tem me mostrado que para ir em atrás de um sonho, sacrifícios são preciso. Eu não tenho medo de enfrentar a vida, de vencer todas as pedras, pois sei que está valendo a pena. 
A minha história é longa, não almejei da noite para o dia estar fazendo o que estou hoje - estudando Jornalismo. Na verdade, há muitos anos depositei toda minha fé para que isto se tornasse realidade. Confesso, que quando tudo se tornou real, eu me assustei. Parecia mentira que tudo que eu sonhava e escrevia em meus diários há um tempo, hoje eu estava vivendo. Até agora quando me pego pensando sobre tudo que a vida me deu e me tirou nesses últimos anos, me espanto. Ainda não entendi se foi Deus, o destino, meu esforço, a força do universo ou tudo isto junto que me proporcionou estar onde estou. Todo esse excesso de dúvidas tornam a vida um mistério gostoso de viver e querer desvendar a cada passo dado.
Apesar de fazer pouco tempo que tenho engatinhado com meus próprios joelhos, deixo uma dica valiosa para você: pode parecer clichê, mas NUNCA desista de seus sonhos. JAMAIS. Antes de eu começar a conquistar meu primeiro objetivo, caí diversas vezes, mas o que poucos sabem é que o segredo está no próprio tombo - faça dele o seu primeiro degrau.

Aquele abraço faz tanta falta


Hoje bateu uma imensa saudade, daquele tipo que esvazia o peito e enche-o de solidão. Eu lembrei do tempo. O tempo foi tão cruel... Durante minutos, as palavras fugiram da boca, dando lugar as lágrimas espalhadas, num todo formando o teu rosto. Esse rosto que eu sei que jamais vou ver de novo. 
O clima é de nostalgia, com uma pitada de tristeza. A trilha sonora é recheada com as lembranças das tuas palavras, das nossas conversas. Lembra que fizemos planos para o final do ano? Eu já imaginava o vestido no teu corpo, completamente linda, se enchendo de orgulho de mais uma etapa de minha vida concluída. 
Sabia que eu sinto falta das tuas ligações? Aquela voz, perguntando se eu estava bem, mandando um beijo cheio de ternura para mim. Eu morro de saudades das tuas birras, aliás, das nossas birras. 
De todas as coisas, a mais valiosa para mim foi ter aprendido contigo a valorizar as pequenas coisas e fazer destas momentos valiosos. De todas as coisas que eu desejo, a que eu mais queria que se realizasse era poder voltar atrás no tempo. Eu sei, não dá. Não custa sonhar...
É inevitável te esquecer. É impossível não sentir a tua ausência. É difícil aceitar a perda. Dói.
Aquele abraço faz tanta falta. As lembranças conseguem ser as mais torturantes quando querem. A dor consegue ser a mais profunda quando pode. 
Tem momentos que o desespero me pega desprevenida e me toma por completo. Eu só não sei o que fazer, ninguém me ensinou a sofrer, não pensei que essa tarefa fosse tão complicada.
Uma hora as palavras começam a fazer sentido novamente. A vida continua. 
Depois de chorar, as lágrimas secam. As pernas levantam e começam a andar. A vida vai tomando seu lugar e eu, algum dia, espero saber o sentido de todos esses caminhos que meus pés cansaram de trilhar.

Quando teus olhos fecharam


Outono. Uma manhã. O teu coração. O meu.
Eu fecho meus olhos por um instante e o tempo foge lá para trás. É verão. Tem sol. Tem você. Tem eu. Na verdade, tem todos nós. Os risos. As brigas. As reclamações. Os abraços. As histórias. Tudo. Teu colo. Teu cheiro.
Abro os olhos. Percebo a calamidade que me rodeia. O teu olho, quase imóvel. Tua alma com o mesmo jeito doce de ser. O nosso último abraço. Lágrimas.
Ninguém quer. Eu não quero. Te perder. Não. Fica. Não vai. Me cuida. Continua comigo. Continua conosco.
Teus olhos vão fechando. Tua respiração está mais fraca. Tu estás tão fraca. Nós estamos tão... fracos. Vai ver é isso mesmo, o ser humano não passa de um fraco. Eu sei. Eu sei que nascemos, vivemos e morremos. Mas no final não somos mais que nada. Não podemos fazer nada. Eu não queria te deixar ir assim. Mas eu não sou nada. Não consegui fazer nada. Desculpa.
Teus olhos fecharam. Tua respiração parou. Tu se foi. Tranquila. Foi. E eu, aqui, desamparada de teu colo. Por que tu foste? Já estava na hora. Hora injusta.
E agora, eu fiquei. Tu se foi. A saudade ficou. Vai ficar. Até a gente se encontrar.

(Homenagem a minha amada vó, que se foi no dia 09.04.14, fica com Deus e olhe por nós.)