O valor do mundo

Hoje em dia tudo está fácil. Conhecemos o mundo em poucos segundos, viajamos a Marte a qualquer momento, fazemos amigos em Pequim. O mundo tornou-se uma bola de papel, com pouco valor. Aliás, quando falamos em valor todo mundo pensa no tênis que está em seu pé ou no Iphone que está na mão. O valor tornou-se sinônimo de dinheiro e poder. Então, qual o valor do mundo?
Na correria do cotidiano ficamos aprisionados no nosso próprio mundo, onde tudo é rápido e alcançável. Mas você já se permitiu sair do seu "mundinho"  e analisar a concepção de mundo dos outros? Provavelmente não. 
A minha experiência de ver o mundo além do óbvio veio a partir de um trabalho escolar, onde tínhamos de fazer pesquisas por todos os bairros da cidade. A imagem que tive foi, embora chocante, libertadora, pois ao mesmo tempo em que me perguntava se aquilo realmente estava ali, ficava feliz pela vida que tenho. Em um certo bairro que visitamos, havia pessoas com roupas rasgadas e velhas, casas que davam a impressão de cair no chão a qualquer segundo e animais que fogem a realidade de domésticos. Impossível não pensar na música do Renato: "Que país é esse?". Em poucas quadras do lugar em que estávamos havia casarões e carros do ano. E ali, um lugar perdido no tempo e espaço, esquecido por todos que não pertencem a ele, com moradias que chegam a ser desumanas, com pessoas sendo felizes. Quando menos temos mais valor damos. Acredito que, embora existam milhares de dificuldades, pessoas que possuem menos poder aquisitivo saboreiam mais a vida se comparado a pessoas com muito poder aquisitivo. Para eles, um simples sorriso e um boa tarde já fazem diferença em suas vidas. Nós, que só pensamos em trabalho e trabalho, muitas vezes vivemos vidas infelizes e pacatas. 
Ninguém deseja ter uma vida miserável, com a falta de comida e moradia. Mas quem a tem, precisa se acostumar com ela e aproveitar. E realmente eles aproveitam. Jogam conversa fora com risos e sorrisos, jogam bola no meio da rua, sabem o valor que cada mínimo pedaço de mundo tem. E, pela minha experiência, digo que independente de ter uma faculdade ou o ensino fundamental, o saber é base. Não apenas saber ler, saber as tendências da moda do ano, saber a cotação do dólar, mas saber viver.
Nós possuímos tudo e, muitas vezes, não vivemos nada. Aprender com a vida é o que nos torna dignos seres humanos. Eu realmente aprendi e, sinceramente, gostaria que todo mundo aprendesse. Quem sabe assim teríamos um mundo melhor.

4 comentários:

  1. Estou alegre por encontrar blogs como o seu, ao ler algumas coisas,
    reparei que tem aqui um bom blog, feito com carinho,
    Posso dizer que gostei do que li e desde já quero dar-lhe os parabéns,
    decerto que virei aqui mais vezes.
    Sou António Batalha.
    Que lhe deseja muitas felicidade e saúde em toda a sua casa.
    PS.Se desejar visite O Peregrino E Servo, e se o desejar
    siga, mas só se gostar, eu vou retribuir seguindo também o seu.

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    1. Fico muito contente que tenha gostado, muito obrigado! Fique à vontade de vir sempre que quiser e fazer de meu blog um refúgio para seus sentimentos. Pode deixar que irei visitar seu blog.
      Abraço!

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  2. Você tem toda a razão quando diz que o mundo seria bem melhor se dessemos valor a coisas pequenas e não a coisas matérias. Seu textos está maravilhoso e faz refletir bastante, parabéns, você escreve muito bem!!
    Estou seguindo o blog, se quiser de uma olhadinha no meu.

    http://efeitonovayork.blogspot.com.br

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    1. Muito obrigado, minha flor. Fico muito grata em saber que ainda existem pessoas que tiram um segundo do dia para refletir e pensar nas coisas certas e erradas.
      Grande abraço!

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