Um pouco da vida,da dor e do amor

Quem um dia nunca imaginou como seria o futuro, como seríamos daqui a dez ou vinte anos, fazendo planos e mais planos para simplesmente sermos felizes. A grande maioria das pessoas, por mais que esteja em um momento péssimo da vida, sempre deseja o melhor para o amanhã, sempre deseja dias melhores com a certeza de que esses virão. Planejamos tanto as coisas boas que esquecemos que as coisas ruins também podem acontecer. As coisas ruins chegam em nossa vida como um extra pelos pedidos das coisas boas e, quando chegam, estávamos tão empenhados em alcançar tudo aquilo que almejávamos que recebemos o lado ruim da vida caindo de corpo inteiro no chão, imóveis, com nossas forças levadas pelo vento para tão longe que nem sabemos se conseguiremos retomá-las adiante.
É mais ou menos assim a chegada triunfal da dor, que acaba nos cegando e até, por segundos, pensamos que talvez ela seja até mais forte que o amor. Engano. 
Sofremos, choramos, gritamos, desabamos. Tudo e tanto mais que o sofrimento nos faz passar, é como se nosso coração quisesse gritar mas não tivesse voz para fazê-lo. Dói, dói muito. É uma dor que parece ser insuportável que nem mesmo um caminhão passando por cima de nossos frágeis ossos poderia ser pior. Faz parte da vida, essa coisa de sofrer, essa coisa da dor. 
O amor é um tanto (ou muito) confuso. É mais um desses enigmas da vida, assim como a dor. Como pode alguém amar outro alguém tanto e muito que mais que a si mesmo? O pior de tudo é que pode. E acontece. E é maravilhoso. Até o ponto em que esse mesmo amor nos transporta de volta para a dor. Ele faz isso sim, mesmo sem querer. Dizer que o amor é maravilhoso é certo, certíssimo. Mas este também machuca quando consumido em excesso e/ou em uma quantidade mínima. O amor, assim como a vida, necessita de equilíbrio, ou seja, o amor para ser bem executado precisa de um ser superior a todos nós humanos para jamais machucar. O que quer dizer que nós, humanos, sim e infelizmente não descobrimos a fórmula mágica da vida sábia e feliz.
Voltando novamente para a dor, acho que esta pode, juntamente com o amor, decifrar o segredo da vida. Pois as duas machucam e ensinam ao mesmo tempo. E a vida... Ah, a vida. A coisa mais bela do universo.
Já fomos por muitos milênios sofredores apaixonados, encantados e inspirados pela dor e pelo amor. Creio que continuaremos sendo esses mesmos adjetivos por muitos outros milênios. Na verdade, nunca fomos e nunca seremos apenas adjetivos. Nós somos pessoas, somos almas que temos o prazer de conhecer o agridoce chamado vida. 

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