Tem épocas em que a vida anda como um mar de rosas, perfeita e cheirosa. Tudo dá certo, tudo está bem.
Tem outras em que a vida anda um completo caos, tropeçando em pedaços de nós mesmos. Nada dá certo, nada está bem. Quando a vida anda assim, nos questionamos intermináveis vezes do porquê disso, do porquê daquilo. Reclamamos injustiças e cuspimos decepções. Nos tornamos as vítimas da maldosa vida, juramos de joelhos que não merecíamos o caos gratuito.
O problema é que nunca valorizamos as perguntas, sempre queremos as respostas, cujas elas devem ser sempre imediatas, pois caso o contrário trememos de raiva e o universo é que fica com a culpa de tudo. As vezes sabemos as respostas sem ter as perguntas, sabemos o porquê, mas não sabemos do que.
Acredito que a vida seja uma sequência de consequências. Tudo que fazemos um dia voltará para nós mesmos. A vida é paciente, ao contrário de nós. Ela espera o tempo exato para cada coisa.
A tristeza é a forma mais profunda de castigo, pois ela aperta nosso coração e tortura nossa alma. Acredito que a tristeza também seja uma consequência. Uma consequência da felicidade. Todo mundo precisa sorrir e precisa chorar. Todo mundo precisa dormir e acordar. Todo mundo precisa cair para se levantar.
Assim como o raio de sol não é permanente, a escuridão também não é. O segredo da vida é o equilíbrio. Nem pouco, nem muito.
Porém, nem sempre na prática é tão fácil medir o peso de cada palavra jogada ao ar. Passamos a vida inteira buscando o equilíbrio, nem sempre conseguindo sucesso.
O caos da vida nos ajuda a crescer. Assim como tudo passa, não acredito que justo ele seja uma exceção.
Um dia a vida vai cansar de desilusões e amores perdidos. A balança irá se equilibrar e a felicidade do mar de rosas voltará a reinar. Algum dia ela há de voltar.
Tudo é apenas uma questão de equilíbrio. Assim como abrimos os olhos pela primeira vez, um dia abriremos os olhos pela última vez.
Victoria Debortoli
Estudante de Jornalismo, 18 anos. Adora ler, escrever e fotografar.


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